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quarta-feira, 15 de junho de 2011

É tão estranho esse desequilíbrio. Queria poder ter o dom de organizar as gavetas do meu pensamento, sentimento por sentimento, diversão por diversão e assim por diante, saber abrir cada gaveta no momento certo e não causar essa explosão não positiva de supostos acontecimentos.
Todo dia a lua vem, o sol se vai. O sol aparece, a lua vai deitar, e continuo aqui. Como um ponto de luz infinito, que não tem raiz e nem tamanho, só uma ponta de brilho na escuridão, aguardando a ser aceso e voar na velocidade da luz, enquanto aqueles mais tolos e mais felizes mortais fazem pedidos de paz, ou de amor.
É tanta coisa na mente, tantas palavras, tantas duvidas, tatos desabafos, tanta dor, tanta alegria encolhida, tantas lembranças, tantos desejos, tantas visões.. mas parece que há sempre uma barreira, ou uma força invisível que quase sempre me vence, me impedindo de transformar em palavras os mais profundos pensamentos. Não que isso seja ruim, ou bom.
Os finais felizes contados sempre me tocam, sempre me convencem de que todo mundo tem um. Sempre aprendo alguma coisinha nova, que me faz rir de cantinho. Hoje eu concordei com um que mencionava reencaração, que simplesmente gostamos de alguém..e não sabemos o por que. Tá aí a explicação. Isso trouxe a tona mais duvidas, mais sentimentos e mais lembranças, que eu preferia deixar guardado na gavetinha com chave, aquela que a gente tranca por que tem medo de reviver.
Logo me veio outros fatos, o de me deslumbrar com a tal felicidade de potinho. Devo assumir que é verdade, pensar que posso tomar doses diárias de felicidade me faz querer sentir tudo de novo, mesmo que seja uma ilusão. Mas hoje, o que não é ilusão ?
Gostei daquela brisa, daquela que só tem no friozinho. Aquela que a gente senta na calçada pra conversar e ver a lua, mas acaba indo muito além disso. Pelo menos eu vou, e adoro essas viagens.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Terceira viagem

Hoje, lendo e fuçando por aí(o que me leva ao próximo assunto), me deparei com uma frase que era mais ou menos assim: "O mal de ser sincero é que se pensa que todo mundo é sincero." Pensei muito sobre isso, me fez pensar que eu penso sobre tudo. Só essa frase me despertou milhões de curiosidades, muitas perguntas que vão me levando a preocupações futuras ou lembranças anciãs.
Certa linha de pensamento me levou a um comentário entre eu e eu mesma, quando penso em alguma coisa, penso que todo mundo está pensando, mas não. Sempre vou além, vou além daquela linha quase invisível no horizonte, vou além do que os olhos não vêem. Por exemplo, vejo uma mãe segurando uma criança. Ao mesmo tempo penso na roupinha dela, que provavelmente é lindinha e combina ou é muito feio e sinto pena da pobre mão que tem um mau gosto danado, mas coitada, ela não deve ter tido educção, família ou dinheiro, ela é simples, mas deve ser feliz, deve ser casada com um homem simples que a ama. Que droga, quero um assim. Nossa já é quase dia dos namorados e eu estou solteira, de novo. Ano passado...
Pausa, respira. Essa conversa, fez sentido? Minha mente pensa que sim, fazer o que. Viajar é arte.
O outro assunto é: Minha mais nova vida sedentária parte II. Afinal, já passei por essa fase, durante um ano inteirinho. É estranho, pra não dizer delicioso e martirizante.
É terrível acordar as 14 horas, mas é pior ainda dormir as 5 e acordar as 11 pra viajar e ir ao médico. Fazia tempo que eu não sentia aquele soninho gostoso, que agente sente só quando não pode dormir e tem muito barulho ou luz em volta.
Hoje meu dia foi assim. Nem doce, nem salgado. Nem uma pitadinha de cor ou aspas. Comeu com uma palavra e terminou com um ponto triste e vazio final.
Espero que minha jornada evolua.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Segunda viagem

Hoje quando abri os olhos pela tarde (já era quase noite), reparei que estava voltando tragicamente para aquele momento. Aquele mesmo. Aquele em que sorrir dói, crer no amanhã cansa e..ah.. tudo fica assim, em tons pastéis. Dá dor de cabeça, dá vontade de vomitar.
Com esse começo de papo, se pensa que no fim vou dizer que algo surgiu maravilhosamente salvando meu dia como um beijo bom, um algo inesperado, uma alegria momentânea. Mas não, dormirei de dedos cruzados, rezando pra sonhar um sonho bom. Imaginar que toda alegria, ou parte dela, ou só uma pontinha mesmo, invada meu quarto pela janela. Desajeitadamente tropeçando e derrubando-se em mim. Me dominando de prazer, me encolhendo de felicidade e fazendo com que todos pensamentos ruins e degenerativos..simplesmente voem com a força que o ventilador faz, pra bem longe, onde meus olhos não possam mais alcançar, onde minhas mãos não possam mais se consolar uma na outra.
É desesperadamente triste ter que implorar por sossego, ainda mais enquanto se dorme, mas é ainda pior, perder a esperança. Enquanto durmo sei que vivo coisas melhores, planejo coisas, realizo vontades e melhor, crio..crio um novo espaço. Onde tudo é mais simples, e explosivamente lindo, cheio de graça. Pode ser um meio paralelo de esconder as dores e de enfrentar a dor da vida, mas é um jeito mais glamouroso de encontrar forças pro dia seguinte. Um dia, um dia desses mesmos, amanhã, ou depois, ou daqui dez anos, abrirei meus olhos dizendo, nossa, acabei de deitar e já estou vivendo de novo, que maravilha.

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Entre tantas viagens, tantas mudanças de humor, tantos desbravamentos humanos sempre encontra-se alguém. Eu tenho uma humilde lista de alguéns. Alguns nomes, alguns rostos, alguns cheiros, alguns abraços, muitas saudades e incontáveis vontades. Sempre pensei que era melhor acordado arrependido a dormir com vontade. Sim, é verdade. Mas eu só PENSEI.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Primeira viagem

É difícil e requer uma tremenda responsabilidade começar alguma coisa. Seja uma lista, um relacionamento, um almoço ou um simples papo, quem dirá, aventuras que poderão ficar gravadas ao longo de anos e anos, que poderão passar informações, conhecimento, causar risos ou até um pouco de pena. E é assim eu começo narrando algumas aventuras. Não prometo dar sentido a nada, dar certeza de nada e muito menos colocar pontos finais. Minha missão é acrescentar cada vez mais vírgulas na vida.

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Tudo sempre começa de um jeito, mas o incrível é que ninguém(ou quase ninguém), ou só eu mesma, não lembro do comecinho de nada. sim, me culpo por isso todo santo dia, mas são esses mistériozinhos esquecidos que me enlouquecem, vira e mexe me recordo de algo, e o que sinto ao lembrar de algo que parece que não vivi, por não lembrar é inexplicável. Alguns começos eu até esqueço por querer, relembrar é sinônimo de reviver, e reviver as vezes dói, de novo.
Á algum tempo, ao longo de minha mais pura pré adolescencia comecei ( e parei) a narrar, ou melhor dizendo, a citar alguns sentimentos, quando não podia mais guardar dentro de mim, e ao reviver essas memórias vi que nada daquilo que sentia, passou. Digo até, que piorou. Não posso ficar dizendo 'esses problemas são meus, vou guardá-los'. Alguém fez com que eu os tivesse, e agora, onde estão pra recolher essa bagunça emocional? A gente costuma desbravar, conhecer e aventurar-se quando está junto, mas quando o vento pára de soprar, a gente sempre sai sozinho.
Não quero fazer apologia a nada, nem dizer que o mundo é cruel, que ninguém é de verdade, que tudo é maquiagem, pois estaria mentindo. Tudo que há ali fora, é tudo que há de mais maravilhoso. Só precisamos olhar direito, e fazer valer.
Hoje é o ínicio do fim dos meus dias, e aqui, vão muitos de meus pensamentos e aventuras futuras. Pensamentos de alguém que tem muito espaço na cabeça e na alma, pensamentos de alguém que precisa bater asas e voar. Sentir que tudo vale alguma coisa, nada é em vão.
Aventuras de uma coruja, pois a noite..ah..a noite.. pra falar dela, preciso de mais algumas horas.A noite, é magia pura.